"Minha meditação me queima, Senhor! Mas me deixai falar para me desafogar."
Jorge de Lima

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Despejados em Buenos Aires

Pobre quando viaja é assim: se mete em um monte de roubadas (não que eu reclame! haha). Na semana passada viajei com as minhas primas para a cidade mais brasileira fora do Brasil: a capital de los hermanos. Passamos um excelente fim de semana. Na verdade, era um daqueles raros momentos em que se melhorar um pouco estraga. Ficamos num albergue muito bom na Avenida de Mayo, que liga a Casa Rosada ao Congresso Nacional. O albergue era maravilhoso e ficamos muito bem hospedados por exatos 2 dias e três quartos.
Era domingo já. Hora de voltar para casa. Carregados com sacolas, voltamos para o albergue, cansados e com vontade de tomar um banho. Subimos as escadas com esforço e chegamos ao quarto, mas ao abrir a porta tivemos uma baita surpresa: em vez dos dois beliches que haviam sido postos ali para nós, havia uma cama de casal: havíamos sido despejados! Procuramos pelo quarto, mas as nossas malas não estavam por lá. Deixamos as coisas em cim da cama e fomos à recepção. Lá embaixo quem estava no turno era um argentino baixinho e com cara de espertalhão. Quando perguntei com ele o que havia acontecido, ele ficou surpreso e exclamou: "Ah, então são vocês!". E depois explicou que não tínhamos que ter feito o check-out até as duas da tarde porque o quarto seria ocupado por outra pessoa! Eu e minhas primas nos olhamos entre nós e eu perguntei onde diabos estavam as nossas malas. O funcionário do albergue apontou para um escritório ali atrás e disse para que nós o acompanhássemos. Fomos até lá e ele apontou para um canto. Estavam lá. As duas malas e a minha mochila e mais uma sacola enorme com as coisas que tínhamos deixados fora das malas estavam jogadas e não fazíamos a mínima ideia se tudo estava lá dentro.
Perguntei no mais puro portunhol como iríamos fazer para arrumar as nossas coisas e o cara respondeu que podíamos ir na sala de tv no subsolo, pois ali era um lugar bem calmo.
Decidimos fazer como ele disse e por isso pegamos o elevador para o subsolo. Na sala de tv, arrumamos um canto e começamos a arrumar nossas coisas em público! Foi tão engraçado! Ainda bem que pelo menos nada havia sumido, exceto uma garrafa de águas e alguns bolinhos que estavam no quarto.
Nossa preocupação era colocar nas malas as coisas que tínhamos comprado, pois achamos que não haveria espaço. A ordem portanto foi socar tudo na mala! No final acabou mesmo dando tudo certo. Só uma das malas foi difícil de fechar, por isso, tive de me sentar nela para que o zíper fechasse. Nada de muito preocupante, portanto...
Pena que a história ainda não acabou...

Continua...

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